Instabilidades da Petrobrás podem causar danos irreversíveis a companhia
Nesta quarta-feira, dia 10, o economista Marcelo Mesquita concedeu uma entrevista ao Estadão e revelou algumas observações preocupantes acerca da Petrobrás. Mesquita é representante dos acionistas minoritários de ações preferenciais e o sócio cofundador da Leblon Equities, tendo seu mandato no Conselho de Administração da Petrobrás chegando ao fim.
Em uma semana, o economista sairá do cargo e defende que haja a distribuição total dos dividendos extraordinários da estatal. Para aumentar a estabilidade, Mesquita afirma que é necessário iniciar o processo de privatização da empresa. Caso contrário, a tendência é que sigamos com a constante troca de presidentes.
Nos últimos oito anos, sete pessoas presidiram a empresa. Salvo tamanho número de trocas, a petroleira poderia ter atingido o dobro de produção neste período, afirma Mesquita. No dia 25 de abril, acontece a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da estatal, na qual serão eleitos os novos membros do Conselho de Administração.
Petrobrás conta com nova direção
Desde que Luis Inácio Lula da Silva assumiu a presidência, houveram mudanças na gestão da Petrobrás. O governante eleito em 2022 indicou Jean Paul Prates, então senador do Rio Grande do Norte para o cargo, o qual ocupa até hoje. No entanto, há grande instabilidade no cargo de Prates.
Nos últimos anos, oito pessoas assumiram a presidência da petroleira.
- Aldemir Bendine – 6 de fevereiro de 2015 até 30 de maio de 2016
- Pedro Parente – 30 de maio de 2016 até 1 de junho de 2018
- Ivan Monteiro – 1 de junho de 2018 até 3 de janeiro de 2019
- Roberto Castello Branco – 3 de janeiro de 2019 até 13 de abril de 2021
- Joaquim Silva e Luna – 16 de abril de 2021 até 13 de abril de 2022
- José Mauro Ferreira Coelho – 14 de abril de 2022 até 20 de junho de 2022
- Caio Mário Paes de Andrade – 28 de junho de 2022 até 4 de janeiro de 2023
- Jean Paul Prates – 26 de janeiro até presente