No último domingo (3), Lucas Lopes de Araujo, suposto membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), surpreendeu as autoridades ao, embriagado, divulgar informações sobre um plano para explodir uma ponte que conecta a Capital à Baixada Santista.
Lucas, procurado por homicídio, aproveitou um momento de vulnerabilidade para compartilhar detalhes do projeto, incluindo a localização de uma chácara onde estariam armazenadas armas e explosivos.
Plano de explodir uma ponte
A delegada Kelly Cristina Sacchetto Cesar de Andrade, da Seccional de São Bernardo do Campo, revelou as informações durante uma coletiva de imprensa. De acordo com ela, as revelações ocorreram durante o registro do boletim de ocorrência, quando os policiais anotaram os dados sobre a propriedade rural que supostamente abrigava materiais explosivos e armamentos.
Durante a audiência de custódia, Lucas, temendo por sua vida após uma tentativa de homicídio, também teria mencionado que a facção se reunia em uma casa próxima ao Riacho Grande para planejar o ataque. Sua decisão de se entregar às autoridades seria uma tentativa de escapar de possíveis retaliações.
Na chácara, situada na estrada Taquacetuba, os policiais detiveram Jailson Pesqueiro de Souza, apontado como outro membro da facção. Durante a abordagem, ele estava armado com uma arma de guerra do tipo AK-47. Jailson foi preso em flagrante, e sua detenção foi convertida em prisão preventiva.
O caso está sob investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer qual ponte seria o alvo do ataque terrorista, identificar os mandantes e autores do plano, além de compreender a motivação por trás da possível explosão. O revelador depoimento de Lucas trouxe uma reviravolta inesperada, abrindo caminho para uma intensa apuração por parte das autoridades.
