Irmão de Marília Mendonça se revolta após conclusão de inquérito: “A Justiça não foi feita”
O irmão de Marilia Mendonça (1995-2021), João Gustavo, disse que não concorda e levanta dúvidas sobre o desfecho da investigação da morte da cantora, na qual a Polícia Civil de Minas Gerais atribuiu a responsabilidade aos pilotos.
Em uma conversa exclusiva com a coluna de Lucas Pasin, do Splash, o cantor sertanejo afirma que a família sente que a justiça ainda não foi verdadeiramente feita.
“Faltou transparência. Para a família continua a dúvida. Achamos que para eles foi cômodo culpar os pilotos e isentar a companhia energética de Minas Gerais. Eles mesmo se culparam sinalizando os fios de alta tensão após o acidente. Isso é um fato, e contra fatos não há argumentos”, disse o irmão da eterna “Rainha da Sofrência”.
João ainda disse que a família não ficará em silêncio: “Assim que o inquérito for entregue ao poder judiciário, iremos acompanhar e indagar certas questões que ainda não foram respondidas. Minha mãe, assim como eu, espera respostas claras e objetivas. Acreditamos que a justiça ainda não foi feita e o caso não foi solucionado”.
“Argumentos rasos”, diz o advogado da família de Marília Mendonça
Na quarta-feira (4), o advogado Robson Cunha, representante da família de Marilia Mendonça, salientou que o desfecho da investigação da PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) parece ter sido direcionado para culpar os pilotos pelo acidente.
“O que nos deixa com mais dúvidas do que com respostas, é o fato de ter sido apresentados argumentos ‘rasos’ da ocorrência. O delegado responsável não demonstrou esforços para apresentar provas periciais capazes de ultrapassar alegações comuns e midiáticas acerca do caso”, explicou.
Ele também criticou a demora na conclusão das investigações por parte da Polícia Civil de Minas Gerais, afirmando que o órgão aguardou a “conclusão do laudo do Cenipa” antes de apresentar o relatório final.
A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) afirmou em nota que “as conclusões sobre o acidente e os esclarecimentos técnicos cabem às autoridades competentes”.