Jornalista denuncia assédio em emissora e é demitida
A jornalista Rhiza Castro resolveu expor um assédio que sofreu e durou mais de um ano enquanto trabalhava na RecordTV. O ato, inclusive, teria sido cometido por um dos diretores do programa Record News ao longo desse tempo.
A profissional foi demitida da emissora em janeiro de 2023, dois dias após denunciar o caso ao departamento de Recursos Humanos da emissora. O caso, contudo, só veio a público na última segunda-feira (23), o qual gerou dois processos na Justiça. Até o momento, porém, o nome do tal diretor não foi revelado.
Rhiza Castro entrou em detalhes sobre o caso para o Notícias da TV. No âmbito judicial, ela move uma ação trabalhista contra a empresa e outra no campo criminal, contra o assediador. A RecordTV, por sua vez, não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Jornalista denuncia assédio na RecordTV
De acordo com Rhiza Castro, tudo começou com comentários sobre a sua aparência física e ‘brincadeiras’. A partir daí “foram infinitos convites para jantar, tomar vinho”. “E cada vez mais comentários sobre a minha beleza”, relembra. Paralelo a isso, o tal chefe enviada presentes e elogiava fotos.
Sobre a denúncia, a jornalista conta que sentiu medo de entregá-lo, mas que deu um voto de confiança para a empresa, esperando o apoio da RecordTV. A demissão, que chegou pouco tempo depois, foi sob a justificativa de “corte de gastos”.
Para além disso, Rhiza conta que a situação de assédio não aconteceu só com ela. “Conheci outras mulheres que passaram por situações semelhantes com ele, mas que não tiveram coragem de falar”, dispara. O processo, por sua vez, corre em segredo de Justiça e, por conta disso, ela não pode falar nada a respeito.
Em um vídeo, publicado nas redes sociais, Rhiza Castro detalha sobre a denúncia, demissão e o que veio depois disso. “Tenho muito orgulho de ter tido coragem de ter feito tudo isso e saído dessa prisão. Talvez eu tenha sido a única mulher que tenha tido coragem, pois eu sei de várias outras que, assim como eu, sofreram na mão dessa pessoa. É muito triste, pois a gente acaba se sentindo invalidada como profissional, principalmente, mas também como mulher, como ser humano”.