A jornalista Schirlei Alves, envolvida na cobertura do caso Mariana Ferrer, foi condenada à prisão por seis meses em regime aberto, como resultado de sua atuação nas reportagens sobre o processo envolvendo a influenciadora e o empresário André Aranha.
A condenação ocorreu em Santa Catarina, e a decisão da 5ª Vara Criminal de Florianópolis foi embasada em acusações de difamação contra os relacionados ao caso Mariana Ferrer, sendo o juiz, promotor e o acusado de estuprá-la durante um evento.
O crime de difamação teria ocorrido na exibição da sua reportagem publicada no Intercept Brasil, em 2020, denunciando as humilhações que Mariana Ferrer estava sofrendo durante o julgamento do caso. Além da prisão em regime aberto, ela também terá que pagar R$ 400 mil para juiz Rudson Marcos e o promotor Thiago Carriço.
Relembre o caso Mariana Ferrer
Mariana Ferrer é uma influenciadora digital brasileira e o caso em questão diz respeito a uma acusação de estupro que ela fez contra o empresário André Aranha, durante uma festa em 2018.
O caso recebeu ampla atenção da mídia e nas redes sociais, principalmente após a divulgação de vídeos da audiência judicial em que Mariana Ferrer foi confrontada e constrangida durante o interrogatório. Esses vídeos provocaram indignação e geraram debates sobre a forma como as vítimas de abuso sexual são tratadas no sistema judicial brasileiro.
A discussão em torno do caso Mariana Ferrer também levantou questões sobre a necessidade de reformas no sistema jurídico e na abordagem de casos de violência sexual. Inclusive, a influenciadora leva uma lei com o seu nome de nº 14.245, “que prevê punição para atos contra a dignidade de vítimas de violência sexual e das testemunhas do processo durante julgamentos”.
