O renomado juiz Valmir Maurici Júnior encontra-se no centro de um escândalo que abala a comunidade jurídica e a sociedade em geral. O Ministério Público formalizou acusações de dois crimes e uma contravenção penal contra o magistrado, após a divulgação de vídeos perturbadores que mostram agressões e humilhações perpetradas pelo mesmo contra a própria esposa.
O caso veio à tona em março deste ano, quando o portal de notícias G1 obteve vídeos que registravam as chocantes agressões ocorridas na residência do casal em Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo. As imagens evidenciam um comportamento violento e abusivo por parte do juiz, levando a esposa a acusá-lo de violência física, sexual e psicológica.
Acusações sobre o Juíz
Embora a acusação de estupro tenha sido arquivada pelo Ministério Público devido à falta de provas, a instituição ressaltou que não há indícios de que a vítima tenha mentido. O MP optou por formalizar denúncias por violência psicológica, uma vez, duas vezes por filmagem sem consentimento e três vezes por vias de fato.
A investigação do Ministério Público concluiu que Valmir Maurici Júnior causou dano emocional à sua esposa, submetendo-a a ameaças constantes, humilhação e manipulação. Diante da gravidade dos fatos, o órgão solicitou autorização ao Tribunal de Justiça para abrir novos procedimentos relacionados ao caso.
“Eu queria morrer. As acusações eram muito grandes, sabe? Nunca ele estava errado. Era sempre a minha culpa. Do jeito que ele falava, do jeito que me humilhava, me chamava de burra, de fraca, que era patética. Intelectualmente ele destruía. E eu não aguentava, porque isso era todos os dias”, disse a esposa, Giovani Grizotti, no dia 27 de dezembro para o Fantástico.
