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Justiça acolhe denúncias contra veterinários acusados de crimes brutais

A Justiça de Minas Gerais acatou integralmente as denúncias do Ministério Público Estadual contra o casal de veterinários Marcelo Simões Dayrell e Francielle Fernanda Quirino dos Santos.

A decisão torna-os réus em um processo que envolve crimes graves, incluindo organização criminosa, fraude processual, estelionato, crime ambiental e maus-tratos a animais, resultando em quatro óbitos.

Processo contra veterinários

O processo, que se estende por mais de dois anos, revela práticas chocantes na clínica de luxo do casal, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Entre as acusações estão o congelamento de animais mortos para obtenção de diárias indevidas, a reutilização de placas em cirurgias ortopédicas e a retirada de sangue dos animais durante banho e tosa para a venda ilegal de bolsas de sangue.

Um caso emblemático é o da cadela Malu, atropelada em 2019. Após cirurgias realizadas por Dayrell, funcionários alertaram o tutor sobre planos do veterinário para uma cirurgia adicional em sigilo.

Apesar das proibições do tutor, o procedimento foi realizado às pressas, resultando na morte da cadela por infecção generalizada.

O médico David Barreto, tutor de Malu, considera a decisão da juíza Anna Paula Vianna Franco uma vitória processual crucial.

Ele ressalta: “Essa é uma importante vitória processual e que poderia passar uma falsa impressão que a Justiça é morosa. Mas, a verdade é que estamos diante de um processo gigante e complexo, de várias vítimas, e da investigação de diversos crimes.”

No entanto, Barreto expressa decepção com a capacidade contínua de Dayrell de exercer a profissão, apesar de condenações prévias por infrações éticas. Atualmente, o casal atua em uma clínica no bairro São Bento, em Belo Horizonte.

Os réus têm dez dias para responderem às acusações por escrito. A defesa do casal alega serem vítimas de denúncias falsas e destaca o congelamento de animais como prática padrão para evitar decomposição, conforme exigido pela vigilância sanitária.

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