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Luis Garavito: Maior assassino em série da história moderna é colombiano.

Luis Alfredo Garavito nasceu em 25 de janeiro de 1957, em Génova, Quindío, na Colômbia. O mais velho de sete irmãos, não obteve uma estrutura familiar saudável. Seu pai era um típico alcoólatra violento. Sua mãe não lhe dava nenhum afeto e praticamente ignorava sua existência.

Na escola, por possuir problemas de memória e consequentemente tirar notas baixas, sofria bullying de seus colegas. A soma de todos os fatores resultou numa criança introspectiva e tímida com dificuldade de cultivar relações. Seu pai, com o tempo, passou a agredir sua mãe todos os dias, inclusive enquanto ela estava grávida. Quando tentava ajudar sua genitora, ainda que sem receber carinho nenhum por parte dela, também apanhava.

Com o tempo, as surras somaram-se ao abuso sexual, com seu pai mexendo em suas partes íntimas enquanto dormia. Mais do que isso, um amigo de seu pai também era convidado para as sessões de abuso e violência quando tinha doze anos. O cara estranho mordia suas partes íntimas e despejava cera quente em todo o seu corpo, além de o amarrar a uma cama enquanto o abusava de todas as maneiras possíveis.

Com outros colegas de seu pai vindo até sua casa, local onde teoricamente deveria se sentir seguro, para violá-lo sexualmente, os danos psicológicos que essas experiências lhe trouxeram passaram a ser irreversíveis com o tempo ao ponto de que, em dado momento, passou a querer fazer o mesmo com outras pessoas.

Os abusos

Inicialmente, Garavito passou a abusar sexualmente de seus irmãos. Ele não queria ser o único traumatizado de sua família. Chegou a ser preso ainda menor de idade pelo abuso de um garoto, mas foi devolvido ao pai que, segundo consta, o agrediu e o abusou sexualmente como forma de punição.

Cansado, decidiu que era hora de sair de casa e se aventurar sozinho pelo mundo. Já adulto, rapidamente se tornou um alcoólatra e utilizava-se da bebida para satisfazer seus desejos. Desse modo, se dirigia a praças de zonas pobres de sua cidade e ali vislumbrava seus alvos – crianças que considerava “atraentes” de 8 a 16 anos. Iniciando uma conversa, oferecia dinheiro em troca de um passeio com ele. No decorrer da caminhada, se embriagava para tomar coragem.

Quando se cansavam de tanto andar, Garavito levava o menor para um local isolado – normalmente um matagal – e as amarrava para fins de violência sexual. Não satisfeito, após os abusos sexuais, Luis ainda torturava sua vítima, dando-lhe socos, pisando em suas mãos e pés a ponto de quebrá-los, despedaçando suas costelas e cortando fora seus dedos. Mais ainda, havia vítimas que tiveram suas orelhas e olhos arrancados, além de todas serem degoladas ainda quando respiravam.

Após isso, em uma caderneta, anotava a data, o horário e o local do homicídio.

Captura e condenação

Com as investigações dos assassinatos que passaram a ocorrer entre 1992 e 1999, Garavito foi finalmente capturado no dia 2 de abril deste ano, quando confessou o assassinato de 140 crianças. Contudo, estima-se que o número de vítimas seja superior a 300.

Por todos os crimes praticados, Garavito foi condenado à 40 anos de prisão, a pena máxima. Contudo, em recurso posterior, a sentença foi reduzida para 24 anos em virtude da colaboração do homem na localização dos corpos de algumas das vítimas.

Preso até hoje, Garavito já tentou se matar várias vezes, mas, diferente do que fez com as vítimas, não obteve sucesso em nenhuma das tentativas. Nesse ano de 2023, está elegível para sair da cadeia em liberdade condicional.

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