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Marquito foi vereador em São Paulo e acabou investigado por desvios

Um dos mais populares do Programa do Ratinho, no SBT, o humorista Marco Antonio Ricciardelli, mais conhecido como Marquito, é um humorista e político brasileiro. Com presença na Câmara Municipal de São Paulo, o humorista, durante as eleições de 2013, conseguiu, na época, apenas 22.198 votos na campanha com o lema “esquisito por esquisito, vote no Marquito”, mas foi empossado vereador.

Como suplente de Celso Jatene (PR), que se tornou secretário municipal de Esportes, Marquito assumiu sua vaga. Para quem tinha expectativas de ter no Palácio Anchieta uma figura folclórica, não se decepcionou.

Investigação

Com humor ácido, o político passava o tempo na sede imitando algum dos 54 colegas. Para simular a baixa estatura de um dos colegas, José Police Neto (PSD), de 1,58 metro, o político ficava com os joelhos sobre um par de sapato. Além disso, o humorista causou indignação entre outros ao recolher um dos braços no paletó em referência à limitação motora de Milton Leite (DEM), resultado de um deslocamento de nascença no ombro esquerdo.

Contudo, o político além de possuir uma postura que constrangia seus colegas de trabalho, também acabou envolvido em tipo mais grave, a suspeita é que Marquito teria obrigado parte da sua equipe a lhe repassar um quinhão dos vencimentos.

A acusação: todo dia 25, data dos pagamentos, pelo menos oito dos treze funcionários de seu gabinete seriam obrigados a devolver a maior fração do salário. Não diretamente ao vereador, mas a seu braço direito, Edson Roberto Pressi, o “Barão”, apelido dado em razão dos fartos bigodes brancos. Ele é apresentado a todos no Palácio Anchieta como advogado e chefe de gabinete de Marquito. Tudo mentira.

No entanto, conforme as informações, Pressi não possuia registro na Ordem dos Advogados do Brasil, e o seu nome apareceu na lista de funcionários da Câmara.

Ali na casa, quem figura como chefe de gabinete de Marquito é Maria das Graças Silva Pressi, a mulher do “Barão”. O salário líquido mensal dela é de aproximadamente 17 000 reais. “Mas a Maria aparecia lá uma ou duas vezes por mês apenas para assinar o livro de ponto. Quem manda é realmente o Barão”, afirmou um ex‑membro da equipe.

Conforme as informações, por mês, o valor que era embolsado ultrapassava 90 mil reais, que eram divididos, conforme os testemunhos dados ao Ministério Público, entre Marquito e o falso chefe do gabinete.

Na época, Pressi e Marquito não quiseram conceder entrevista. Contudo, fontes próximas ao humorista contou que ele ficou muito abalado com a denúncia. Na ocasião, o político abandonou até passatempos que adorava fazer como jogar futebol, pintar quadros, mas não deixou de comparecer ao vivo nas transmissões da emissora do Silvio Santos.

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