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Menino de 16 anos que cometeu atentado a escola de São Paulo anunciou o crime dias antes

O aluno autor do ataque a tiros dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, que deixou uma garota morta e duas pessoas feridas, sofria severo bullying dentro da instituição e avisou aos colegas sobre o atentado que planejava cometer há duas semanas, conforme relatam estudantes ao Metrópoles.

O adolescente tem 16 anos e foi apreendido por agentes da Polícia Militar na manhã de ontem (23).

Ao portal, os estudantes ainda disseram que pelo menos quatro adolescentes cometeram os ataques, sendo que esses também sofriam bullying.

Ainda de acordo com alunos, os supostos autores eram um estudante gay – que foi capturado -, uma aluna lésbica e outros dois estudantes que seriam tímidos e excluídos pelo restante.

“Ele era muito zoado aqui na escola. Sofria bullying por ser gay. Duas semanas atrás, ele avisou que iria fazer esse atentado. Ninguém acreditou”, disse uma aluna. O suspeito era famoso por publicar vídeos nas redes sociais, também afirmou.

Segundo uma vizinha do atirador, ele era constantemente agredido em sala de aula.

O ataque

“Começou com dois barulhos de bomba. Pessoal gritando, saindo correndo. Eu pensei: “Meu Deus, deve ter acontecido alguma coisa”. Tentamos trancar a porta, mandamos todo mundo sair”, narrou um dos alunos da escola.

“Saímos correndo batendo nas portas das salas de aula para todo mundo sair. Caí da escada e machuquei o joelho. Foi desesperador demais, fiquei em pânico”, disse outro.

Uma professora do primeiro ano do ensino médio afirmou que logo após conseguir levar seus alunos para fora da escola, teve acesso a um vídeo no qual o suspeito do ataque aparece sendo vítima de violência física em sala de aula.

“Ele era vítima de bullying, com base nesses vídeos. Tanto que o ataque, pelo que me falaram, começou dentro da sala de aula onde ele estudava”, afirmou a educadora.

Em nota, o governo de São Paulo lamentou o episódio e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Neste momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”, salientou.

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