Na história do Brasil tiveram vários episódios que levaram a sociedade a questionar as autoridades, um grande exemplo é o período regencial. Os regentes no Brasil tinha uma estrutura política centralizada no governo imperial, assim havia uma crescente insatisfação popular contra o autoritarismo na época.
Criação da Guarda Nacional
Nessa época, os quadros de efetivos do exército brasileiro eram limitados e não tinham força suficiente para conter grandes situações de conflitos. Desse modo, os dirigentes para resolver a situação, autorizaram a criação de um novo organismo armado para assegurar a ordem social e política do país.
Assim, em agosto de 1831, foi criado a Guarda Nacional visando defender a constituição, a integridade, a liberdade e a independência do Império Brasileiro. Um dos pré-requisitos para compor a Guarda Nacional era ter entre 21 a 60 anos, que tivesse amplos direitos políticos. O intuito principal era afastar aqueles candidatos que tinham origem popular.
Outro indício que os dirigentes estavam selecionando candidatos para benefício próprio, era que a maioria dos dirigentes da Guarda tinham que ter seu título de coronel junto ao Estado Brasileiro. Dessa forma, vários proprietários de terra se beneficiavam dessa patente e foram, nesse período, responsáveis por organizar às milícias, quando, na verdade, o objetivo era manter a ordem.
Na prática, os membros que formaram a Guarda Nacional representaram mais um episódio de abuso das instituições públicas para atuar em benefício próprio. Como se não bastasse, na época, eles passaram o tempo para preservar, sempre em primeiro lugar, seus interesses pessoais. Ainda, o comportamento de boa parte era de repressão contra a população que se revoltava contra as atitudes do governo vigente na época.
