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O que foi o Voo LaMia 2933?

O voo 2933 da LaMia refere-se a um trágico acidente aéreo envolvendo uma operação charter operada pela companhia boliviana LaMia. O voo, identificado como LMI2933, estava a serviço do clube brasileiro Associação Chapecoense de Futebol e partiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com destino ao Aeroporto Internacional José María Córdova, em Rionegro, na Colômbia.

Na noite de 28 de novembro de 2016, às 21h58 no horário local da Colômbia (29 de novembro de 2016, 2h58 UTC), a aeronave caiu nas proximidades do local chamado Cerro El Gordo durante o procedimento de aproximação.

O avião transportava 77 pessoas a bordo, incluindo atletas, equipe técnica, diretoria do clube brasileiro, jornalistas e convidados que iriam para Medellín, onde o clube disputaria a primeira partida da Final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Infelizmente, 71 pessoas morreram no acidente, e apenas seis sobreviveram.

Entre as vítimas, havia 20 jornalistas brasileiros, nove dirigentes (incluindo o presidente do clube), dois convidados, 14 membros da comissão técnica (incluindo o treinador e o médico da equipe), 19 jogadores e sete tripulantes. O acidente é considerado a maior tragédia envolvendo uma delegação esportiva e o maior desastre na história do jornalismo brasileiro.

Aeronave

A aeronave envolvida no acidente era um British Aerospace 146 (Avro RJ85) registrada como CP-2933. Com 28,55 metros de comprimento, 26,4 metros de envergadura e 8,61 metros de altura, o avião era equipado com quatro motores Honeywell LF 507. Tinha autonomia de três mil quilômetros e capacidade para transportar até 112 passageiros e nove tripulantes.

A LaMia (Línea Aérea Merideña Internacional de Aviación) foi fundada em 16 de agosto de 2010, com um investimento inicial do governo do estado venezuelano de Mérida no valor de cinco milhões de dólares.

A companhia, cujo registro foi suspenso após o acidente fatal em Medellín, era comandada pelo economista e empresário venezuelano Ricardo Albacete. A LaMia estava adquirindo três aeronaves Avro-RJ85, incluindo a que se envolveu no acidente.

O acidente

Ricardo Albacete tinha um amigo chinês chamado Sam Pa, que se apresentava como um milionário de Pequim interessado em investimentos. No entanto, as promessas de investimento de Sam Pa na companhia não se concretizaram, e a LaMia foi desativada em 2011, depois que o “investidor” chinês foi preso em seu país. Dois anos depois, Albacete reativou a empresa com o nome o Línea Aérea Margarita.

No dia 28 de novembro de 2016, o time brasileiro Associação Chapecoense de Futebol estava viajando para Medellín, na Colômbia, onde disputaria o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana de 2016 contra o Atlético Nacional.

No entanto, devido a restrições legais, o voo teve que ser realizado em duas etapas. A equipe pegou um voo comercial da companhia aérea boliviana BoA, partindo de Guarulhos, em São Paulo, para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Em seguida, eles embarcaram em um voo fretado pela empresa LaMia para o destino.

Por volta das 22h, horário local da Colômbia, o piloto informou à torre de controle que a aeronave estava enfrentando problemas elétricos e declarou uma emergência. O avião caiu enquanto se aproximava do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, nos arredores de Medellín, em uma região montanhosa conhecida como Cerro El Gordo.

Sobreviventes

Inicialmente, foi divulgado que havia 81 pessoas a bordo, mas descobriu-se que quatro passageiros não embarcaram no último momento. A contagem final foi de 77 pessoas a bordo. A comissária de bordo Ximena Suárez, um dos sobreviventes, relatou que as luzes da aeronave se apagaram repentinamente antes da queda.

O técnico de voo sobrevivente, Erwin Tumiri, mencionou que houve pânico a bordo e as pessoas saíram de seus assentos. No entanto, ele mais tarde desmentiu essas informações, afirmando que os passageiros não tinham conhecimento da emergência e estavam se preparando para o pouso normalmente.

Os sobreviventes do acidente foram o lateral Alan Ruschel, o goleiro Jakson Follmann, o jogador Neto, a comissária Ximena Suárez, o jornalista Rafael Henzel e o técnico de voo Erwin Tumiri.

Apesar de estarem em melhores condições de saúde, os dois tripulantes bolivianos que sobreviveram não puderam retornar ao seu país no mesmo dia em que os corpos das vítimas bolivianas foram transportados, devido à necessidade de cuidados médicos.

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