Papa Francisco faz declaração que gera desaprovação para alguns
O papa Francisco saiu em defesa de um documento do Vaticano sobre bênçãos para casais do mesmo sexo. Contudo, argumentou que elas não são uma aprovação de um estilo de vida o qual a Igreja enxerga como potencialmente pecaminoso, mas sim para indivíduos que buscam se aproximar de Deus.
A declaração foi feita no último dia 26 de janeiro, menos de um mês após a polêmica de Francisco causada no dia 18 de dezembro de 2023. Acontece que o Papa teve uma decisão histórica na instituição, onde padres católicos romanos podem administrar bênçãos a casais do mesmo sexo, desde que não pertençam a rituais ou liturgias regulares da Igreja.
Por conta da repercussão, o chefe do departamento, cardeal Victor Manuel Fernánde, explicou a intenção do documento, conhecido pelo título Fiducia Supplicans (Confiança Suplicante). A ideia seria “mostrar concretamente a proximidade do Senhor e da Igreja a todos aqueles que, encontrando-se em diferentes situações, pedem ajuda para continuar – às vezes começar – uma jornada de fé”.
Setores da igreja se revoltam com o Papa
A autorização de Papa Francisco a casais do mesmo sexo foi alvo de críticas e ira entre os mais conservadores da igreja católica. Para o jornal italiano La Stampa, o Papa fez uma declaração no último dia 29 de janeiro: “Devemos deixá-los à vontade e seguir em frente”, sem especificar exatamente que grupos seriam esses.
Alguns bispos, inclusive, estão se recusando a permitir que os sacerdotes possam implementar a benção a casais LGBTQIA+. Países africanos, onde a prática homossexual pode levar à prisão ou morte, têm sido os mais resistentes.
“Me perguntam (os críticos) como é possível a bênção a casais do mesmo gênero. Eu respondo: o Evangelho é para santificar a todos, é claro, desde que haja boa vontade. Somos todos pecadores: então porque fazer uma lista de pecadores que podem entrar na igreja e outra lista dos que não podem entrar na igreja? Isso não é o Evangelho”, disse Papa Francisco ainda.