A Petra Gold, alvo da Operação Lóris, enfrenta acusações de desrespeitar uma determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ao continuar a captar investidores. A CVM já havia apontado “características de pirâmide” nas operações da empresa.
A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de Eduardo Monteiro Wanderley, dono e CEO da Petra Gold, localizada no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. A 8ª Vara Federal Criminal do Rio determinou o sequestro de bens de Wanderley e outros investigados no valor de R$ 300 milhões, na última quarta-feira (6).
Emissões ilegais na empresa de Eduardo Monteiro
A empresa oferecia debêntures, títulos de renda fixa, e prometia um rendimento mensal de 1,3% para quem “comprasse” parte das dívidas do grupo. A CVM destacou que as emissões de debêntures sempre tinham valores iguais ou superiores às anteriores, caracterizando uma possível “pirâmide financeira” ou esquema Ponzi.
Mesmo com a proibição da CVM em 2021, a Petra Gold continuou emitindo e ofertando debêntures, captando centenas de milhões de reais sem autorização. Os envolvidos podem responder por lavagem de dinheiro, emissão ilegal de debêntures e gestão fraudulenta de instituição financeira, enfrentando até 30 anos de reclusão se condenados.
