Polícia revela números chocantes de apreensões em presídios: encontrados 40 mil celulares em 2023
Cerca de 40 mil celulares foram apreendidos por policiais penais dentro de presídios brasileiros. As informações são das secretarias penitenciárias estaduais, que enviaram os dados ao Ministério da Justiça por meio de um levantamento obtido pelo portal CNN.
As apreensões aconteceram por meio de operações conduzidas com métodos de busca autorizados, ou seja, quando há revista dentro das celas com autorização. De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais, o resultado disso é “fruto dos ensinamento da Operação Mute”, que ensina técnicas para obter os aparelhos ilegais.
A ‘Mute’ foi dividida em duas fases: outubro e dezembro do ano passado, que totalizou 8.569 celas revistadas e 2.460 celulares apreendidos. Além dos telefones, armas de fogo também foram encontradas e 8.199 policiais penais participaram do ato, que envolveu 131 mil presos.
Megaoperação é deflagrada em presídios
Na útlima semana, foi deflagrada a terceira fase da operação Mute, uma megaoperação coordenada pelo Ministério da Justiça que atua dentro de presídios brasileiros de todos os estados, incluindo o Distrito Federal, afim de apreender celulares.
A ação também é coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) com as respectivas secretarias penitenciárias estaduais. O intuito é cortar a comunicação dos presos com o mundo externo, evitando também que integrantes de facções criminosas troquem informações com detentos sobre possíveis ataques ou ações orquestradas. Agentes que participam dessa operação destacam que o foco não é apenas apreender os celulares, mas sim “ensinar a retirar celular de presídio e fazer disso uma rotina nos estados”.
À priori, a ideia é interromper a comunicação desses celulares, por meio de uma tecnologia que embaralha o sinal. Após isso, ocorre a busca dos aparelhos com ações de revistas em pavilhões e celas. Até o fim da semana, um balanço com as apreensões feitas nesta terceira fase deverá ser divulgado.