Por que Ramiro e Kelvin não se beijaram em ‘Terra e Paixão’? Atores respondem
Ao sair dos Estúdios Globo, Amaury Lorenzo e Diego Martins estão participando de uma senhora que pede para tirar uma foto com eles.
Após atenderem ao pedido, ambos ambos no mesmo carro, guiando-se para esta entrevista para o EXTRA. A senhora fica acesa com a situação, exclamando: “Olha só, eles estão juntos na vida real também!”
A torcida pelo casal Kelmiro, que interpreta o par romântico da novela “Terra e Paixão”, transcende os limites da ficção escrita por Walcyr Carrasco.
Na trama, o capataz Ramiro (Amaury) lida com a luta interna contra seus sentimentos, acreditando que é errado gostar de um homem, enquanto Kelvin (Diego), o novo sócio do Naitandei, tenta convencê-lo de que vale a pena superar preconceitos para viver esse amor.
Fora das câmeras, a sintonia entre os atores se manifesta também em vídeos descontraídos compartilhados em suas redes sociais, o que emociona e confunde os fervorosos fãs do casal, carinhosamente chamados de “kelmiretes”.
“Acho normal essa pressão para que a gente vire um casal de verdade. É algo que as pessoas criam para ficar ainda mais legal. Somos realmente muito próximos na vida real, e isso acaba dando vazão a essa fantasia dos outros. Eu mesmo já torci por algo assim quando assistia a filmes e achava que aqueles casais podiam ser de verdade, para o meu próprio prazer“, diz Diego.
“Diego é um homem lindo, inteligente, interessante… Se o Brasil inteiro está apaixonado por ele, por que eu não ficaria?“, brinca Amaury.
O que esperar do primeiro beijo de Kevin e Ramiro?
“Os fãs adoram criar histórias paralelas. Eles querem o casal no dia a dia, o sexo. Já passou da hora de levar ao ar cenas mais picantes entre dois iguais. Quantas cenas de sexo a gente vê de casais hétero? Até em novela das sete! Não falo só de “Terra e paixão”: é preciso tirar o estigma, acabar com o tabu“, diz Diego.
“Se criam fanfics, é sinal de que querem mais, né? O público assiste a novelas há 60 anos. Quanto mais se problematiza um beijo, mais se distancia da normalidade. Walcyr vai saber a hora certa de escrever a esperada cena. A gente confia. Por que um casal hétero pode beijar na rua e um homoafetivo não?“, diz Amaury.