O jogador Daniel Alves enfrenta, nesta terça-feira (6), seu segundo dia de julgamento pelo crime de violência sexual em Barcelona, na Espanha. O atleta foi acusado por uma jovem europeia de estuprá-la em um banheiro de uma boate, em dezembro de 2022.
A vítima foi ouvida ainda no primeiro dia de julgamento pela juísa Isabel Delgado Pérez, no Tribunal de Barcelona. Além dela, a prima da mulher também falou sobre como a denunciante vem lidando com o episódio traumático na sua vida pessoal.
A prima da vítima estava com ela na tal boate, chamada Sutton, e a viu logo após o ataque violento de Daniel Alves. “Quando ela saiu (do banheiro), estava com a cara feia. Então perguntei se ela estava bem? Ela só disse “vamos!”. Fomos embora. Ela disse que ele [Daniel Alves] fez muito mal a ela, que tinha ejaculado dentro dela… Minha prima não dorme, toma remédio, tem tomado antidepressivos, não trabalha, apenas sai de casa quando queremos e insistimos muito. Choramos dia sim, dia não”, descreveu.
Saiba tudo sobre julgamento de Daniel Alves
A prima da vítima foi uma das primeiras pessoas a serem ouvidas no julgamento do atleta, que tem previsão de durar três dias. Além dela, a denunciante também já prestou seu depoimento, mas contou com medidas de segurança para que sua identidade fosse preservada.
É previsto que outras 22 pessoas testemunhem, como os policiais envolvidos no caso, amigos de Daniel Alves e até mesmo a esposa do jogador. O atleta, por sua vez, só deverá falar no terceiro e último dia – momento marcado pelos trâmites periciais, entrega de relatório e conclusões. O Ministério Público espanhol pede nove anos de prisão ao jogador, enquanto a defesa da mulher pede a sentença de 12 anos.
Na acusação, a mulher descreve que foi obrigada a fazer sexo oral no jogador, além de ter sofrido penetração sem o seu consentimento e também sem preservativo. A versão atual da defesa de Dani Alves argumenta que ele estava alcoolizado durante o episódio.