Processo por tentativa de homicídio é retomado suspeito ser preso 27 anos depois
Uma tentativa de homicídio registrada no dia 18 de abril de 1996, em um bar de Limeira, voltou ao rol dos processos ativos 27 anos depois.
O processo ficou parado ao longo deste tempo porque o réu desapareceu, sendo preso somente em agosto deste ano na cidade de Petrolina, no Pernambuco. Agora, o acusado será transferido para um presídio em Limeira.
Naquela madrugada de 1996, um homem estava no bar localizado na Av. Eduardo Peixoto, onde seis pessoas chegaram e lhe pediram alguns cigarros. A vítima, então, forneceu quatro, mas o grupo pediu mais, ocasião em que se recusou.
Com a recusa, dois homens lhe seguraram, enquanto outro, na época com 22 anos, deu-lhe uma facada no abdome. Em seguido, um outro aplicou-lhe um chute quando ainda estava no chão. O homem que havia acertado a facada voltou a pegar a arma branca, aplicando novos golpes. Posteriormente, todos fugiram do bar, momento que socorreram a vítima. Ela sobreviveu aos ferimentos.
O autor das facas foi o único do grupo a ser identificado e indiciado por tentativa de homicídio duplamente qualificada. Contudo, ele jamais foi localizado. Foram várias as tentativas de encontrá-lo nas últimas décadas, todas sem sucesso.
Em julho de 1999, o então juiz da 4ª Vara Judicial de Limeira aceitou a denúncia do Ministério Público contra o indiciado, decretando sua prisão preventiva, ordenando a expedição de carta precatória para que o acusado fosse citado em Petrolina.
O paradeiro dele, no entanto, continuou desconhecido. No início de 2023, o juiz da 1ª Vara Criminal de Limeira renovou o mandado de prisão.
Em agosto, a Justiça de Limeira recebeu a informação, de surpresa, que o mandado de prisão contra o homem havia sido cumprido em Petrolina. De imediato, a promotora atualmente responsável pelo caso solicitou, novamente, a citação do réu para que o processo fosse retomado, pedindo a transferência do agora preso para um presídio de Limeira.
O pedido foi aceito pela juíza e o réu agora aguarda sua transferência. A apresentação de sua defesa no curso da ação penal seja é aguardada, esperando o Ministério Público que o denunciado seja levado à júri popular.