Recentemente, um caso alarmante reacendeu o debate sobre a segurança nos tratamentos estéticos não regulamentados. A morte de Henrique Silva Chagas, ocorrida pouco após ele realizar um peeling de fenol, colocou em cheque as práticas de clínicas e profissionais da estética.
Há suspeitas significativas nas circunstâncias que cercam o incidente, que ocorreu em uma clínica de São Paulo, sob a responsabilidade de Natalia Fabiana de Freitas Antonio, conhecida nas redes sociais como Natalia Becker. Importante destacar que Natalia não tinha registro na Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólogos (Anesco), fato que gera grande preocupação sobre o seu preparo para realizar intervenções dessa natureza.
Quais são os riscos do peeling de fenol?
O procedimento de peeling de fenol é conhecido por suas propriedades de rejuvenescimento facial, sendo utilizado para tratar manchas, rugas e cicatrizes. No entanto, este composto químico deve ser manuseado com extremo cuidado, pois pode causar reações adversas sérias, incluindo riscos respiratórios.
O que se sabe sobre o incidente?
Natalia Becker, afirma que a tragédia foi uma “fatalidade” e revelou ter aprendido a técnica por meio de um curso online, apesar de não ter formação em áreas médicas licenciadas para tal prática. A clínica onde ocorreu o incidente foi fechada pela prefeitura depois do falecimento de Henrique. Peritos levantam a hipótese de que ele possa ter inalado o fenol, o que pode ter causado asfixia e uma parada cardiorrespiratória.
Investigação em Curso e Medidas Legais
A Polícia Civil de São Paulo está investigando o caso e aguarda resultados definitivos do laudo que determinará a causa exata da morte de Henrique. Enquanto isso, o mundo jurídico também se mobiliza. A mãe de Henrique, apoiada por sua equipe de advocacia, prepara-se para entrar com uma ação judicial contra Natalia Becker, exigindo indenização por danos morais. A alegação é a de que Natalia, ao realizar o peeling sem as devidas habilidades médicas, assumiu o alto risco que culminou na fatalidade.
