Quais foram os presidentes brasileiros durante a ditadura militar?
Não é novidade para ninguém que a ditadura militar foi um regime instaurado no Brasil em 1964 eque durou até meados de 1985, sob o comando de vários governadores militares. Com caráter autoritário e nacionalista a ditadura iniciou-se com o golpe militar, no governo de João Goulart, o então presidente eleito democraticamente pelo povo. Assim, o regime teve seu fim com a presença do José Sarney que, à época, assumiu a presidência, o tão famoso período da Nova República.
Os presidentes brasileiros durante a ditadura militar
Para exemplificar, em 1964-1967 o presidente Humberto Castello Branco, Cearense, foi um dos principais líderes do golpe. Ainda quando era general foi transferido para a reserva no posto de marechal. Em seu governo que se estendeu, de 1964 a 1967, instituiu-se no Brasil o Serviço Nacional de Informações (SNI). Criou o Banco Central e o Banco Nacional de Habitação (BNH).
É importante mencionar que em seu governo, foram cassados os direitos políticos de deputados, governadores, ex-presidentes e qualquer um que ameaçasse seu governo. Em 1967, foi aprovado a lei da imprensa, sendo um dos pilares a censura da liberdade de pensamento e de informação, sendo uma expressão do caráter arbitrário do regime.
Em 1967 a 1969, o Brasil teve como presidente ainda no regime militar o Gaúcho, Marechal Costa e Silva, que assumiu o poder com promessas de reestabelecer a democracia, mas não demorou muito para passar a ser visto como inimigo pelo linha-dura ultranacionalista e decretou, ainda em seu governo, o Ato Institucional n°5, o famoso AI-5, que lhe permitiu ter poderes suficientes de fechar o Congresso, cassar políticos e institucionalizar a repressão.
Outra figura que vale a pena ser mencionado, foi o general Emílio Médici, Gaúcho de nascença, foi presidente durante o período de maior repressão na ditadura militar. Durante seu mandato, ocorreram episódios de censura à imprensa e restrições às liberdades individuais e de pensamento. O governo adotou os slogans “este é um País que vai pra frente” e “Brasil: ame-o ou deixe-o”. No entanto, o período ficou marcado por um chamado “milagre econômico”, que posteriormente revelou-se uma ilusão.
O General Ernesto Geisel, natural do Rio Grande do Sul, trouxe de volta ao poder o General Golbery do Couto e Silva. Juntos, eles elaboraram um projeto de abertura política “lenta, gradual e segura” em direção a uma forma de “democracia relativa” indefinida. No entanto, a crise econômica e a oposição da “linha dura” dentro do Exército constantemente desafiaram os planos de “distensão” concebidos por Geisel e Golbery. Em 1977, o presidente tomou a decisão de fechar o Congresso, colocando em xeque as tentativas de abertura política.
E, por fim, o General João Baptista Figueiredo, natural do Rio de Janeiro, assumiu o poder após liderar o Serviço Nacional de Informações (SNI). Ele foi o último presidente do regime militar. Figueiredo foi encarregado de concretizar o processo de abertura política iniciado por Ernesto Geisel. Em agosto de 1979, ele assinou a Lei da Anistia, que possibilitou o retorno ao país de políticos exilados pelo governo militar.