Quantas pessoas morreram durante a ditadura militar no Brasil?
Completa-se 58 anos da instauração da ditadura militar no Brasil. Nesta quita-feira (31), a comissão da verdade “Rubens Paiva”, realiza a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo há dez anos, colhendo documentos e depoimentos referente às vítimas do período que marcou a história do Brasil em (1964-1985). Esses documentos estão todos disponíveis no Acervo Histórico da Casa.
Dentre os materiais de análise, estão presente cerca de 40 caixas com a transcrição dos depoimentos das audiências realizadas, além dos materiais produzidos e encaminhados à comissão da verdade, sendo eles: livros, recortes, imagens, CDs, todos como prova para a comissão da verdade analisar.
Ditadura | Comissão da Verdade “Rubens Paiva”
Em 2012 foi criada a Comissão da Verdade no Parlamento Paulista, sendo a primeira comissão criada dessa natureza.
Todas as 156 audiências foram abertas ao público, com a participação total de aproximadamente 8.000 pessoas. A comissão era composta por dez deputados estaduais, sendo cinco membros efetivos e cinco substitutos, e tinha como presidente o ex-deputado Adriano Diogo.
Já na primeira reunião, em 28 de fevereiro de 2012, os participantes decidiram nomear a comissão em homenagem a Rubens Paiva, deputado federal assassinado há 40 anos. Durante as audiências públicas, algumas delas tiveram um foco temático, abordando os centros de tortura da ditadura, como a OBAN (Operação Bandeirante) e o DOI-CODI (Destacamento de Operações e Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), assim como a participação da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) na repressão brasileira.
Durante o processo de trabalhos na Comissão, a mesma investigou cerca de 167 militares que nasceram ou morreram em São Paulo, para além desses, cerca de 20 guerrilheiros mortos na Guerrilha do Araguaia. Ao longo das investigações, foram escutados testemunhos de filhos de presos políticos e também das crianças cujos pais foram mortos pela ditadura.