Muito se fala em Suzane von Richthofen quando algo novo sobre ela surge. Ela, que participou da morte dos próprios pais, sempre atrai cliques e os olhos atentos de quem quer saber como ela está. É como se a mulher fosse a protagonista de uma história em que ela, em tese, deveria ser a vilã a ser esquecida com o tempo.
Por outro lado, pouco se fala de quem deveria realmente ser lembrado: Manfred e Marísia, as vítimas do brutal crime. Foram eles que tiveram suas cabeças dilaceradas por Daniel e Cristian Cravinhos enquanto dormiam, com a própria filha esperando tudo acontecer no sofá da sala onde moravam. São eles os dignos de serem lembrados sempre que Suzane decide fazer algo em sua vida.
Quem foram Manfred e Marísia von Richthofen
Manfred von Richthofen, o pai de Suzane, nasceu na cidade alemã de Erbach, mas migrou para o Brasil com a família quando tinha apenas um ano de idade. A cidade de Santa Cruz, localizada no Rio Grande do Sul, foi a escolhida pelo clã de alemães para fixar residência em território brasileiro.
Os von Richthofen são uma famosa família da aristocracia alemã, possuindo dentro dela diversos membros ilustres no contexto mundial, destacando-se, entre cientistas e diplomatas, Manfred von Richthofen, piloto de avião xará do pai de Suzane e conhecido como Barão Vermelho, o maior comandante de aeronaves da Primeira Guerra Mundial.
Em 1974, o pai de Suzane mudou-se para a cidade de São Paulo para cursar engenharia na USP. Foi lá que Manfred conheceu Marísia, sua futura esposa, que cursava medicina. Após alguns anos de namoro, o casal oficializou a união.
Na época do assassinato, Manfred von Richthofen tinha 49 anos e trabalhava em uma posição de destaque na Engenharia de Desenvolvimento Rodoviário SA (Dersa), sendo um dos responsáveis por articular a construção do que viria a ser o Rodoanel. Marísia, por sua vez, tinha 50 anos e era psiquiatra, especializada no atendimento a clientes das famílias mais ricas de São Paulo.
Segundo o site doBrasil Paralelo, o salário de Manfred rondava os 11 mil reais, enquanto que Marísia tinha seu próprio consultório de psiquiatria, ganhando em média 20 mil reais em consultas. Ainda segundo o site, o patrimônio do casal era avaliado em 11 milhões de reais em valores atuais, antes do homicídio cometido pela filha
