Quem matou John Lennon? Saiba quem é o assassino e o motivo do crime
O assassino de John Lennon, Mark Chapman, não fez questão de se esconder quando, às 10h50 da noite do dia 08 de dezembro de 1980, em Nova Iorque, efetuou 4 disparos contra o músico dos Beatles, acertando dois nas costas e dois nos ombros do astro.
Ele permaneceu na cena do crime e, enquanto esperava a chegada da polícia, ficou lendo um exemplar do livro “O Apanhador no Campo de Centeio”. Esse homem era o mesmo que teve um disco autografado por Lennon um pouco mais cedo no mesmo dia, quando o cantor saiu para uma gravação em estúdio com sua esposa Yoko Ono.
“Os motivos”
Segundo consta, Chapman era um grande fã dos Beatles, mas estava extremamente indignado com as letras de canções como “God” e “Imagine”, que tinham relação com a religião e o funcionamento do mundo. Um dos momentos que provavelmente motivaram Chapman a cometer o crime foi quando, anos antes do atentado, John havia dito que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo.
Mark planejou seu crime por cerca de três meses. Em outubro de 80, ele foi para Nova Iorque para executar seu plano, mas, por alguma razão não sabida, decidiu desistir e voltou para o Havaí, onde morava. De volta à sua casa, contou para a esposa o que tinha a intenção de fazer, mostrando-lhe todo o plano arquitetado. Entretanto, a mulher nunca denunciou seu marido.
Em dezembro, no dia 08, já de volta à Nova Iorque, foi para a frente do prédio onde John morava pela manhã depois de comprar o livro que leria na cena criminosa que ele mesmo criaria e ali ficou conversando com os funcionários e outros fãs. O autógrafo no disco precisava ser feito antes da execução do crime. Era simbólico para ele. No livro que leu após atirar em Lennon, havia assinado algo como “essa é minha declaração”.
Preso, se declarou culpado e disse que o que havia feito tinha sido “vontade de Deus”, pois começou a ver contradições nas letras de John Lennon, como em “Imagine”, onde o compositor fala sobre imaginar um mundo sem posses mesmo sendo dono de itens luxuosos.
Julgado, foi condenado à prisão perpétua com direito a pedido de condicional apenas após 20 anos de prisão em regime fechado. Cumpridos, desde 2000 tenta a cada dois anos ter seu pedido de liberdade aceito, mas desde então sem sucesso.
A justificativa dada pela justiça dos Estados Unidos costuma ser a mesma: seria uma decisão incompatível com o bem-estar e a segurança da sociedade e do próprio criminoso, que poderia ser ferido ou morto por vingança.