Na última quinta-feira (2), Duane “Keffe D” Davis, um ex-membro de uma gangue acusado do assassinato do ícone do hip-hop Tupac Shakur em 1996, proclamou sua inocência diante de um tribunal em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Em setembro deste ano, Davis, de 60 anos, foi formalmente acusado por um grande júri do Condado de Clark e detido em Las Vegas por seu suposto envolvimento na morte de Shakur. Ele é suspeito de liderar um grupo de homens na trama que resultou na morte do artista.
Tupac Shakur é reconhecido como um dos mais eminentes artistas do rap e alcançou notável sucesso comercial, vendendo mais de 75 milhões de álbuns em todo o mundo.
O fatídico episódio ocorreu quando Tupac estava no banco de passageiro de um BMW dirigido por Marion “Suge” Knight, fundador da Death Row Records, fazendo parte de um comboio de aproximadamente 10 veículos. Enquanto aguardavam em um sinal vermelho, um Cadillac branco parou ao lado deles, dando início a um tiroteio. Tupac foi atingido várias vezes e veio a falecer uma semana depois, aos 25 anos.
Em 2018, Davis, diagnosticado com câncer, fez uma confissão pública em uma entrevista de TV, admitindo que estava presente no Cadillac durante o ataque.
De acordo com as autoridades, Davis teria planejado uma conspiração para vingar o espancamento de seu sobrinho, Orlando Anderson, por Tupac e membros de sua equipe, poucas horas antes do tiroteio. Em uma coletiva de imprensa após a prisão de Davis, a polícia apresentou imagens de câmeras de segurança que registraram vários homens agredindo uma pessoa que foi identificada como Anderson.
Segundo relatos policiais, após o confronto, Davis, Anderson e outros dois homens entraram no Cadillac branco com uma arma, buscando o veículo onde Tupac estava. Seis tiros foram disparados contra o lado do passageiro, e o rapper foi atingido quatro vezes. As autoridades, no entanto, não conseguiram determinar quem efetivamente disparou contra o artista. Dos outros três indivíduos que estavam no Cadillac com Davis, todos faleceram desde então.