Relembre o caso do sequestro e assassinato do prefeito Celso Daniel
O caso criminal envolvendo Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André e proeminente político do Partido dos Trabalhadores (PT), continua a ecoar pelo Brasil, marcado por um sequestro brutal e desdobramentos sombrios.
Em 2002, Celso Daniel foi submetido a uma tragédia sem precedentes. Abordado por vários veículos em uma área residencial após sair de uma churrascaria, o prefeito foi sequestrado e, de maneira brutal, assassinado, sem que houvesse qualquer pedido de resgate.
O desfecho do caso é marcado por enigmas e controvérsias. Sete testemunhas-chave foram mortas em circunstâncias suspeitas, aprofundando o mistério em torno do caso.
Investigações da Polícia e Ministério
As investigações conduzidas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil concluíram que Celso Daniel foi vítima de um crime comum, encerrando oficialmente o caso. No entanto, durante o processo, divergências entre as versões apresentadas por promotores do Ministério Público e delegados de polícia causaram incertezas. Após uma série de versões conflitantes, a Justiça alcançou um consenso, com os responsáveis indicados nas investigações cumprindo pena.
A narrativa inicial da promotoria apontava falhas na investigação policial por não identificar os mandantes do crime. Sombra, considerado um líder de esquema de propinas na região do ABC paulista, foi inicialmente indicado como mentor, embora seis homens sem vínculos com o PT tenham sido condenados pelo assassinato.
Em dezembro de 2004, a Justiça determinou levar Sombra a júri popular, mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou o processo. Alegando que seus advogados não puderam interrogar os demais réus, Sombra, o empresário e suposto melhor amigo de Celso, permaneceu preso por sete meses, mas nunca enfrentou julgamento, falecendo em 2016, vítima de câncer.