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Saúde mental: 9 em cada 10 atingidos pelas enchentes do RS relatam ansiedade; veja!

Recentemente, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre lançou luz sobre as severas consequências psicológicas das chuvas que assolaram o estado durante o mês de maio de 2024. Este estudo aponta um elevado índice de transtornos mentais entre os habitantes, destacando-se a ansiedade, o esgotamento profissional e a depressão.

Os dados iniciais revelaram que mais de 90% da amostra analisada apresenta sintomas de ansiedade, enquanto 60% dos entrevistados sofrem de burnout e 50% enfrentam quadros depressivos. Essas estatísticas são alarmantes e demonstram a magnitude do impacto emocional causado pelos desastres naturais.

Qual é a extensão dos danos psicológicos causados pelas enchentes no RS?

A pesquisa ainda está em curso, mas os resultados preliminares já indicam a severidade do trauma. A psiquiatra Simone Hauck, coordenadora do estudo, compartilhou que até mesmo pessoas que não foram diretamente afetadas pelas inundações reportam sintomas de trauma. Relatos incluem pesadelos com inundações e uma descrença persistente no valor de conquistas pessoais, dada a percepção de que tudo pode ser perdido abruptamente.

Como as enchentes afetam a saúde mental dos indivíduos?

Os especialistas ressaltam que é comum o surgimento de pensamentos suicidas entre aqueles com alta carga de ansiedade e depressão, um achado preocupante em um estado que já detém as maiores taxas de suicídio do país. O estigma associado aos problemas de saúde mental ainda é uma barreira significativa, impedindo que muitos busquem ajuda e discutam abertamente suas lutas.

Quais são as ações sugeridas para lidar com essa crise de saúde mental?

A UFRGS recomenda um mapeamento cuidadoso dos bairros mais afetados, para que o investimento público em saúde mental seja direcionado de forma eficaz. Centros de atendimento psicossocial e a contratação de profissionais de saúde qualificados são urgentes para responder a esta crise. Além disso, o tratamento deve ser continuado, mesmo após a diminuição dos sintomas iniciais, para prevenir danos a longo prazo.

  • Serviços de atendimento psicológico e psiquiátrico gratuito online fornecidos pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre.
  • O Grupo DOC também oferece consultas psicológicas e médicas sem custo para os afetados, disponíveis através de cadastro online.

Essa mobilização de recursos e serviços é fundamental para auxiliar na recuperação dos afetados, mitigando os impactos prolongados das enchentes na saúde mental da população do Rio Grande do Sul.

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