Suíça se dá mal por não agir contra as mudanças climáticas
Nesta terça-feira, dia 9, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) condenou a Suíça por sua falta de iniciativas para combater o aquecimento global. Trata-se de uma decisão histórica, sendo a primeira vez que a corte condenou um país por questões ambientais.
A moção foi iniciada pela associação “Idosos pela Proteção do Clima”, relatando que o governo suíço colocou suas vidas em risco com a chegada de uma onda de calor em meados de 2023. Para a surpresa dos presentes, o TEDH condenou a Suíça por violar o artigo 8 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, correspondendo ao “direito ao respeito à vida privada e familiar”.
Como resposta, a Suíça deverá adotar uma série de medidas ambientais pré-estabelecidas para conter o aquecimento global. Em pronunciamento, o governo local afirmou que irá acatar às medidas. Embora possa parecer pouco, a condenação deve abrir precedentes para novas investidas contra Estados em casos de medidas ambientais.
Mudanças climáticas culminam em março mais quente da história
Em meio à condenação da Suíça em decorrência das mudanças climáticas, o observatório Copernicus (C3S), da União Europeia, divulgou que março foi o mês mais quente da história do planeta. Durante seus 31 dias, a Terra atingiu uma média de 14.14ºC.
A marca segue a crescente dos últimos meses. Em 2023, foi registrado o mês de junho mais quente da história. Desde então, todos os meses contaram com a quebra de recorde: julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e, agora, março.
A ascensão supera os valores definidos pelo Acordo de Paris, de 2015. A convenção definiu que todos os países deveriam realizar esforços para manter o aquecimento em 1,5ºC ou menos. No entanto, o último ano marcou uma temperatura 1,58ºC acima da média da era pré-industrial.