Na manhã da última terça-feira (12), a Polícia Federal deflagrou a Operação Hinsberg, visando combater o tráfico de drogas e o desvio de produtos químicos, especialmente aqueles utilizados na produção de crack.
O principal alvo da operação é a Anidrol, indústria química localizada na Grande São Paulo, cujo sócio é o conhecido influenciador fitness Renato Cariani. O Ministério Público e a PF solicitaram a prisão do fisiculturista e mais duas pessoas, porém, a Justiça negou os pedidos.
Mensagens de Renato Cariani
A ação policial revelou mensagens interceptadas entre Renato Cariani e sua sócia, indicando, conforme o inquérito, que ambos tinham conhecimento da vigilância policial. Em um dos diálogos, Cariani expressa a possibilidade de “trabalhar no feriado para arrumar de vez a casa e fugir da polícia”. As autoridades interpretam que o fisiculturista estava ciente de que estava sendo investigado.
Em um vídeo divulgado no mesmo dia da apreensão e busca, Renato Cariani afirmou ter sido surpreendido pela operação da PF, negando qualquer envolvimento nas atividades ilícitas atribuídas à Anidrol.
De acordo com fontes da PF, mesmo após ser convocado pela Receita Federal para prestar esclarecimentos sobre notas fiscais emitidas pela empresa, os agentes observaram que notas falsas continuaram a ser emitidas.
Em outra troca de mensagens, conforme uma representação do Ministério Público de São Paulo, a sócia de Cariani sugere a remoção de rótulos dos produtos como meio de enganar as autoridades fiscalizadoras e as investigações em curso. Renato nega veementemente todas as acusações que recaem sobre ele.
As autoridades continuam a investigação para esclarecer completamente os fatos e responsabilizar os envolvidos, enquanto a defesa de Renato Cariani busca provar a inocência do influenciador perante a opinião pública.
