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Zodíaco: o assassino em série que conseguiu se esconder por mais de 50 anos

Se você é um aficionado por histórias de crimes reais ou até mesmo está entrando neste mundo agora, inevitavelmente já se deparou ou irá se deparar com o nome “Assassino do Zodíaco”.

Este é o pseudônimo utilizado por um assassino em série que, na década de 1960, aterrorizou o Norte da Califórnia ao cometer diversos crimes brutais. Sua verdadeira identidade foi um dos maiores mistérios no universo do true crime até 2021, quando, teoricamente, uma equipe independente de investigadores descobriu sua identidade.

Os crimes que o fizeram famoso

Na noite de 20 de dezembro de 1968, David Arthur Faraday, de 17 anos, e Betty Lou Jensen, de 16 anos, foram mortos com tiros por um homem que os perseguia de carro, enquanto passeavam em Lake Herman Road, em Vallejo, na Califórnia.

Já em 4 de julho de 1969, Michael Renault Mageau, de 19 anos, e Darlene Elizabeth Ferrin, de 22, passeavam por Vallejo quando foram perseguidos por um homem em um carro, que disparou inúmeros tiros na direção do casal, assassinando Darlene e deixando Michael com ferimentos graves. Às 00:40 desta noite, a delegacia de Vallejo recebeu uma ligação de um telefone público, na qual um homem informava um duplo assassinato e dava as coordenadas para o local do crime, finalizando com “eu também matei aqueles garotos no ano passado. Adeus”.

Em 1 de agosto de 1969, meses após o último crime, três cartas foram enviadas para os jornais “Vallejo Times-Herald”, “San Francisco Chronicle” e “San Francisco Examiner”, com criptogramas e mensagens que continham ameaças.

A carta para o San Francisco Chronicle dizia: “Aqui é o assassino dos 2 jovens no último Natal no Lago Herman e da moça no dia 4 de julho, perto do campo de golfe em Vallejo”. Para provar que os matou, citou alguns fatos que apenas o assassino e a polícia conheciam, como a marca da munição, a quantidade de tiros disparados, e a posição dos jovens no momento em que o crime foi perpetrado.

Além disso, ainda avisou ao veículo que estava enviando parte de um código, enquanto as outras partes foram enviadas para editores de outros jornais, finalizando com “se o senhor não publicar esse código até a tarde de sexta-feira, vou iniciar uma matança louca sexta-feira à noite. Vou perambular todo o fim de semana matando pessoas solitárias à noite e continuar matando de novo, até que eu tenha uma dúzia de pessoas no fim de semana”.

Já os outros dois veículos receberam uma carta escrita em códigos, que foram decifrados em 4 de agosto de 1969, por um professor e sua esposa. Elas diziam: “gosto de matar pessoas porque é muito divertido, é mais divertido do que matar animais selvagens na floresta, porque o homem é o animal mais perigoso de todos para matar”.

No dia 7 de agosto de 1969, mais uma carta foi escrita para a polícia, na qual ele se referia a si mesmo como “Zodíaco”, onde contou mais alguns detalhes de seus crimes. Apesar de tantas “dicas”, sua identidade ainda não tinha sido reconhecida. 

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Símbolos utilizados como códigos em cartas enviadas para a imprensa.

Nos meses e anos que se seguiram, o “Assassino do Zodíaco” seguiu cometendo diversos crimes, fazendo vítimas fatais e enviando mensagens intimidadoras à imprensa.

Apesar do criminoso ter afirmado que cometeu cerca de 37 homicídios em suas cartas, apenas sete vítimas foram constatadas pelos investigadores. Mais ainda, quatro pessoas foram constatadas como desaparecidas ou mortas em circunstâncias desconhecidas, sendo o assassino do Zodíaco o principal suspeito.

A possível identidade

Na época dos crimes, um homem chamado Arthur Leigh Allen foi apontado como um dos maiores suspeitos de ser o serial killer. O homem já teria sido interrogado pela polícia diversas vezes desde o início das investigações, mas provas contra ele nunca foram encontradas. Por isso, o suspeito foi descartado ao longo do tempo – assim como tantos outros. Diversas pessoas também procuraram a polícia para se entregarem afirmando serem o assassino, mas nenhuma das identidades foi considerada real.

O caso do “Assassino do Zodíaco” foi consequentemente arquivado em 2004 e assim permaneceu até 2007, quando o Departamento de Polícia de São Francisco decidiu que iria reabri-lo. Recentemente, em maio de 2022, um grupo de detetives independentes composto por mais de 40 ex-policiais, investigadores, agentes federais e especialistas forenses foi à imprensa para revelar que, provavelmente, desvendaram a real identidade do serial killer que aterrorizou a Califórnia por tanto tempo.

De acordo com os investigadores, Zodíaco era, na verdade, Gary Francis Poste, um homem que faleceu em 2018. Após uma série de buscas, foram encontradas evidências forenses no quarto de Poste, como cartas decifradas, além de imagens que comprovam que o homem teria as mesmas características físicas do assassino, inclusive cicatrizes na testa.

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Comparação entre o retrado falado de Zodíaco e Gary Poste

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