O que é o mosquito transgênico da dengue? Quais os mitos?
O Brasil tem apresentado uma alta crescente de casos de dengue nas últimas semanas. O Rio de Janeiro chegou a declarar estado de epidemia, para que possa aplicar as melhores ações contra o mosquito, além de medidas de prevenção.
Já estão sendo amplamente divulgadas medidas de combate ao Aedes aegypit, como o uso de repelentes e também a verificação de possíveis focos do mosquito com água contaminada. Contudo, essa luta pode ganhar um novo aliado: a ciência.
Acontece que pesquisadores têm estudado uma nova possibildiade de enfrentamento da doença, a partir de mosquitos transgênicos – ou seja, insetos que sejam modificados geneticamente em laboratórios. De acordo com uma publicação do Correio Braziliense, o método funciona a partir de um mosquito macho que recebe um material genético letal e é liberado nas ruas, afim de fertilizar as fêmeas já existentes nas áreas.
Mosquito transgênico pode ser opção
A partir do momento em que os machos acasalam com as fêmeas, que são as transmissoras da dengue, elas teriam o material genético injetado, passando para seus descendentes, que morreriam ainda na fase larval. No fim, a população do mosquito seria, de certa forma, controlada.
Vale lembrar que essa ideia já foi testada anteriormente, de 2014 a 2018 em Indaiatuba, São Paulo, e em outros estados do Brasil pela empresa de biotecnologia Oxitec, que defende a prática. “‘A caixa do Bem’ contém ovos e uma fonte de alimento para o desenvolvimento até a fase adulta. Ao ativá-la com água potável, os mosquitos do Bem se desenvolverão até a fase adulta. Em cerca de 10 a 14 dias, ‘Aedes do bem’ adultos voarão da caixa para o ambiente urbano para se acasalar com as fêmeas do Aedes aegypti. Deste cruzamento, apenas os descendentes machos chegam à fase adulta e herdam dos pais a característica autolimitante”, declarou.