Instituições de saúde romenas foram afetadas por um ataque hacker, que exigiram nada menos que 3,5 bitcoins, cerca de R$ 810 mil, para desbloquearem os sistemas e arquivos ‘sequestrados’. Na prática, os criminosos bloquearam os arquivos e softwares essenciais, fazendo com que médicos voltassem a recorrer ao papel e caneta.
Entre os atingidos estão hospitais infantis e serviços de emergência. Por conta disso, instituições ficaram offline por precaução aos hackers. O ataque teria acontecido na noite do dia 12 de janeiro, como informou o Ministério da Saúde romeno. O alvo, por sua vez, foi um sistema de informação médica amplamente utilizado no país.
De acordo com a Direção Nacional de Segurança Cibernética (DNSC), 25 hospitais ao todo foram afetados pelo ataque, que teve início no Hospital Pediátrico Pitesti. Outras 79 instalações de saúde precisaram ser desativadas durante as investigações. Felizmente, os serviços foram restaurados dois dias depois.
Pacientes são afetados
Até o momento, o grupo responsável pelo ataque hacker não foi identificado. O pedido de resgate incluiu apenas um endereço de e-mail, como apuraram as autoridades locais.Apesar disso, dezenas de hospitais precisaram desligar dispositivos conectados à internet por precaução, o que afeta não só reservas e registros, como também máquinas utilizdas nas instituições.
“Hoje fomos notificados de que o servidor que executa o aplicativo HIPOCRATE foi criptografado com um ransomware. A infecção ocorreu no mesmo momento em que servidores similares de outras entidades de saúde foram afetados”, relatou o DNSC. Na ocasião, a agência de segurança cibernética orientou que os hospitais não cedam aos pedidos dos hackers, também não efetuando o pagamento solicitado. A maior orientação foi a de realizar backups e medidas preventivas contra futuros ataques.
Vale lembrar que, em 2017, o Reino Unido sofreu um ataque semelhante, que afetou nada menos que 80 dos 236 hospitais de toda a Inglaterra. Ao todo, 7 mil consultas foram canceladas e remarcadas.
