“Energia de rochas superquentes”: Novo recurso energético é estudado
Executivos da indústria de energia estão voltando suas atenções para uma potencial revolução energética: a energia de rochas superquentes. Em destaque na conferência CERAWeek em Houston, a energia geotérmica emergente está ganhando terreno, impulsionada pelo potencial de fornecer energia renovável de forma consistente, 24 horas por dia.
A técnica inovadora envolve a extração de calor da crosta terrestre, explorando o que é conhecido como “energia de rochas superquentes”. Essa abordagem consiste em injetar água profundamente na crosta, onde ela é aquecida e retorna à superfície como vapor, gerando energia.
Uma análise recente da Clean Air Task Force (CATF) e da Universidade de Twente destaca o potencial dessa nova fonte de energia. Identificou-se que China, Rússia e EUA lideram em termos de potencial energético, com a possibilidade de desbloquear milhares de terawatts de energia.
Nos EUA, estados como Nevada e Califórnia despontam como promissores para o desenvolvimento dessa tecnologia. A análise revelou que apenas 1% do potencial energético das rochas superquentes nos EUA poderia produzir mais de 4 TW de energia, equivalente a 21 bilhões de barris de petróleo.
Apesar do entusiasmo em torno dessa nova abordagem energética, há desafios a serem enfrentados. A falta de investimento devido aos altos custos iniciais e os riscos comerciais associados à tecnologia em estágio inicial são obstáculos a serem superados.
O Departamento de Energia dos EUA está apelando por investimentos significativos. Estima-se que US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões sejam necessários até o final da década para impulsionar projetos de demonstração e alcançar metas de carbono zero.
Enquanto isso, Terra Rogers, diretora de energia de rochas superquentes na CATF, vislumbra os anos 2020 como a “década da geotermia”. O potencial é claro, mas a realização desse potencial requer um compromisso sério e investimentos estratégicos.