Léo Moura é alvo de polêmicas após apontarem superfaturamentos e outros problemas de sua ONG em programa de R$ 45 milhões
Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou irregularidades no projeto “Passaporte para a Vitória”, coordenado pelo ex-jogador de futebol Léo Moura. A ONG responsável pelo programa, Instituto Leo Moura Sports (ILM), recebeu aproximadamente R$ 45 milhões entre 2020 e 2022 para implantar escolinhas de futebol em municípios do Rio de Janeiro, Amapá, Pará e Acre.
A CGU identificou superfaturamentos expressivos, totalizando R$ 778,9 mil em aquisição de materiais, locações e contratações de serviços. Além disso, foram apontados R$ 1,91 milhão em não comprovação dos quantitativos dos itens e das prestações de serviços.
O foco da análise recaiu sobre quatro dos dezesseis termos de fomento em vigor, que deveriam viabilizar a implantação do projeto em 32 cidades fluminenses e 20 no Amapá, somando R$ 25,2 milhões. A CGU recomendou a suspensão de pagamentos relativos aos projetos e cobrança do ILM de R$ 2,7 milhões devido ao superfaturamento.
A auditoria revelou problemas nas compras, como a aquisição de caneleiras por quase 90% acima do valor de mercado. Licitações envolvendo empresas inexistentes, localizadas em endereços fictícios, também foram identificadas.
A execução do projeto apresentou falhas, desde a falta de documentos que comprovem a entrega dos materiais até a não verificação adequada se os núcleos atendiam ao número de pessoas previsto. A CGU apontou que a fiscalização foi ineficiente, com pagamentos realizados de uma vez, prejudicando a retenção de valores em caso de irregularidades.
Diante das constatações, o Ministério do Esporte foi recomendado a abrir processo administrativo para avaliar o descumprimento dos planos de trabalho. O ex-jogador e sua ONG, até o momento, não se pronunciaram sobre as denúncias.