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Médico atraia as vítimas oferecendo exames ginecológicos mais baratos: Ele foi condenado por abuso sexual

O médico ginecologista, Paulo Rodrigues do Amaral, 61 anos, foi condenado a 28 anos e sete meses de prisão por abusar sexualmente de oito mulheres. Mulheres gestantes que queriam descobrir o sexo dos bebês, faziam parte da rede de vítimas que denunciaram o médico. A atenção era voltada para os preços baixos dos exames, nos relatos de pacientes, algumas chegaram a pagar até R$ 10.

A defesa de Paulo afirmou que as acusações são injustas e que ele é inocente. Paulo irá cooperar plenamente com as autoridades competentes. Ele está preso desde julho de 2023.

Uma das vítimas contou em relato, que ela estava desempregada, e então o exame foi pago pelo pai, pois ela estava com poucas semanas de gestação. Segundo a vítima, a clínica era afastada e pequena, não possuia boa estrutura. Ainda segundo a vítima, o médico alisava suas regiões para ajudá-la a abrir as pernas, e aí insistia ao dizer que era para mover o colo do útero para conseguir ver o sexo do bebê. 

Segundo a paciente, a princípio o médico cobrou R$ 100. Porém orientou que ela voltasse após duas semanas para fazer um exame endovaginal, pelo custo de R$ 10. Ela ainda conta que foi novamente, mesmo tendo sido abusada, pois não tinha condições financeiras para tal exame, só a mãe sabia do acontecido.

O caso aconteceu mais duas vezes, pois Paulo disse não ter conseguido ver o sexo do bebê. Questionada sobre o preço baixo, ela disse que a clínica cobrava mais barato quando era apenas para saber o sexo, sem ter emissão do laudo e que foi indicada a se consultar com Paulo por ele fazer a identificação mais rápido.

O médico fez outras vítimas e foi condenado. A sentença foi assinada pelo juiz Marcio Soares da Cunha, da 3ª Vara Criminal de Palmas, no dia 28 de fevereiro de 2024. Os crimes julgados nessa decisão ocorrerão em um período de 5 anos, entre 2018 e fevereiro de 2023.

O magistrado destacou que as práticas do réu fogem dos padrões habituais, envolvendo intervenções diversas nas genitálias das vítimas, além de comentários constrangedores e insinuações lascivas. 

A pena foi aumentada devido à posição de autoridade do médico e pelo fato de as vítimas serem mulheres grávidas. O Conselho Regional de Medicina do Tocantins abriu processo em sigilo, mantendo o registro do profissional ativo.

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