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Síndrome de Down é identificada em fósseis pré-históricos por cientistas

Um artigo publicado na revista científica ‘Nature Communications’ revelou que pesquisadores conseguiram identifica a síndrome de Down em seis indivíduos que viveram há até 5,5 mil anos. O documento veio a público no último dia 20 de fevereiro, e funciona como um verdadeiro norte para cientistas da área, já que encontrar anomalias em fósseis tem sido um desafio e tanto.

As conclusões ainda estão sendo analisadas pelos cientistas, que não conseguiram saber qual era a frequência dessas síndromes em populações mais antigas – algo que já está sendo considerado muito raro. O motivo é que a síndrome de Down acontece, geralmente, em filhos de mães em idade avançada – algo que não acontecia há algumas centenas de anos.

Além disso, três dos fósseis encontrados permitem uma análise mais elaborada: eram bebês estavam em um assentamento da idade do Ferro, datada de 1.200 a 500 a.C. onde hoje é a Espanha. O fato deles terem sido enterrados com outras pessoas da comunidade mostra que eram tratados como parte da população, mesmo com a síndrome.

Crianças receberam enterros nobres

No estudo, foram analisados cinco cemitérios pré-históricos, que estavam localizados dentro de assentamentos. No local, foi possível perceber que os corpos foram enterrados con itens especiais, como colares de contas coloridas, anéis de bronze e até mesmo conchas. Pesquisadores argumentam que os enterros de bebês com síndrome de Down eram considerados “especiais”.

A descoberta aconteceu em uma aldeia chamada Alto de la Cruz, próxima a cidade de Navarro, onde também foi descoberto o caso mais antigo de síndrome de Down já registrado na história até o momento. Ao todo, 9.855 indivíduos pré-históricos e históricos foram analisados, registrando o número e a proporção de cromossomos autossômicos.

Adam Ben Rohrlach, do do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva (MPI-EVA), foi o principal autor do estudo. Em comunicado, ele detalhou a descoberta. “Sabemos que pertenciam às poucas crianças que receberam o privilégio de serem enterradas dentro das casas após a morte. Isso já é um indício de que eles eram vistos como bebês especiais”.

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