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Tráfico de mulheres: Como mensagens em grupos de redes sociais salvaram as vidas delas

Mulheres malauianas foram libertadas de condições desumanas e abusivas enquanto trabalhavam como empregadas domésticas em Omã. Entre elas está Georgina, uma mulher de 32 anos que compartilhou sua história de horror e sofrimento.

Originária de Lilongwe, capital do Malauí, Georgina foi enganada por um agenciador que a prometeu uma oportunidade de trabalho lucrativa como motorista em Dubai. No entanto, ao chegar em Omã, percebeu que havia caído em uma armadilha. 

Forçada a trabalhar horas extenuantes, sete dias por semana, Georgina tornou-se vítima de abuso sexual por parte de seu empregador e seus amigos, vivenciando uma situação de terror.

Seu desespero a levou a pedir ajuda nas redes sociais, onde uma ativista malauiana, Pililani Mombe Nyoni, de 38 anos, respondeu ao chamado. Pililani iniciou uma investigação e formou um grupo no WhatsApp, reunindo mais de 50 mulheres malauianas que enfrentavam situações semelhantes em Omã.

Através de esforços coordenados com organizações de combate ao tráfico de pessoas e ativistas locais, como Ekaterina Sivolobova da Do Bold, algumas mulheres conseguiram retornar ao Malauí. 

No entanto, outras não tiveram a mesma sorte, como Aida Chiwalo, cuja morte em circunstâncias suspeitas em Omã levantou preocupações sobre a falta de investigação e justiça.

Enquanto as autoridades do Malauí trabalham para repatriar as vítimas e abordar as questões subjacentes de pobreza e desemprego que as levaram a aceitar essas oportunidades arriscadas, Georgina encontra consolo e força na tranquilidade do Lago Malauí. Ela é um lembrete de que, apesar das adversidades, a esperança e a resiliência podem prevalecer.

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